07 julho 2006

podre.


Um ritual.
Como tantos outros.
Faz-se sem perceber.
Com um objetivo.
Impensado (nem profundamente, nem mesmo numa escrota superficialidade).

Guardanapo!
Talheres!
Esfrega.
Tira as impurezas (?).

Come.
Comedidamente.
Mas não se dá conte de como é comunitário.
Em qualquer comedouro encosta a preciosas boca de merda
em sórdidas bocas e línguas desconhecidas.

“Mas a louça é lavada e esterilizada.”
Então pra que usar a porra do guardanapo?
“Os ácaros, o ar, a mão desses garçons.”

Olha pra ti!
Enxerga tua imundície.
De que vale esse lindo externo?
Hein? De que vale?
Tu és podre.

Estás em constante decomposição.
Não enxergas nada.
Põe na tua frente e não enxergas.
És cego.

Mas a morte do teu prato e do teu corpo (e da tua vida)
não podem te abalar.
Você é SUPER.
Parabéns.
Viva.

MORRA!!


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